domingo, 18 de novembro de 2007

DANADA! FESTIVAL DE MÚSICA PESADA – 25/11/2007 - ROCKERS-BAR, TAGUATINGA NORTE

Danada!, festival de música pesada – é apenas um dos eventos idealizados e organizados pelo grupo de terroristas culturais MÓDULO B. O evento contou com a presença de 5 bandas e a inusitada abertura do grupo de Maracatu, LUA DE LUANDA, que fez uma apresentação rápida, a qual foi vista com muito respeito pelos vários roqueiros que já encontravam-se no ROCKERS BAR, local da realização da gig. Dois bebuns que passavam, pararam, dançaram e acabaram tornando a aparição ainda mais alegre. Em seguida a banda NO FATE iniciou a programação. Impressionante a quantidade de pessoas que a banda levou. O som é um New Metal de músicas curtas e influências Hardcore. A Gárgula não pode tocar e foi substituída, de última hora pela PESTICIDE, que fez, diga-se, uma belíssima apresentação, mostrando um Deathrash de alto nível, onde destacam-se a dupla de guitarristas e o vocal rasgado de seu front-man. PHRENESY foi a próxima e fez abrir uma grande roda de slamdancer com seu Metal de influências Death, Thrash e Hardcore. Josefer, o baterista, é sempre um dos destaques ao lado do sempre executado cover da Slayer. Como a PODRERA não pôde tocar, em decorrência de um acidente envolvendo o pai do vocalista Jonhatan, coube ao TERROR REVOLUCIONÁRIO a missão de encerrar o festival. Apesar de um ou outro deslize, a banda conseguiu executar seu set de 22 músicas de forma rápida e convincente, fazendo o público agitar e até cantar alguns sons mais antigos como Babosa, Qual o destino da humanidade? e Liberte-se. O saldo final, de mais essa iniciativa do MÓDULO B, foi mais que positivo: ótima aparelhagem, ótima organização, muitos roqueiros reunidos – como sempre na mais perfeita paz e harmonia – grandes bandas e mais um espaço que se conquista para a realização de eventos culturais marginais! Por: Fellipe CDC ESCLARESCIMENTOS MÓDULO B ( só pra quem não entendeu!) : O DANADA!-FESTIVAL DE MÚSICA PESADA, foi um evento planejado a longo prazo pela cooperativa de bandas autorais MÓDULO B. Algumas pessoas (pouquíssimas) não interpretaram bem as gravuras e banners de mulheres semi-nuas na decoração. Sem contar que os cartoons e fotos sensuais undergrounds sempre andaram lado a lado com o rock desde seus primórdios, as mulheres danadas das fotos tem outro significado importante para o evento: Programado para acontecer todo mês de novembro, o DANADA! celebra a música pesada com as bandas mais ousadas do ano, aquelas que não tiveram vergonha de se mostrar, ou seja, as bandas mais “danadas” do DF, que mostraram tudo! Aconselho a quem interpretou como machismo ou outro tipo de coisa, a visitar mais as exposições de fanzines e mergulhar de cabeça neste rico universo do rock. E que isto sirva de colírio para quem vive no underground, enxerga sua estrutura, mas não conhece a sua cultura. Abraços! Por: Bruno Brasmith

sábado, 10 de novembro de 2007

ROCK NA RUA! MODULO B 03/11/2007-CHURRASQUINHO AFTOSA- NA VERA, WHISKY 74, WOLFGANG, KÁBULA, DÍNAMO Z e BARBARELLA

Sábado, 03 de novembro de 2007. Um dia após o feriado de Finados, o MÓDULO B provou que atrás do ROCK NA RUA só não vai quem já morreu. Roqueiros dos quatro cantos do DF estavam presentes na QNG 03 em Taguatinga, no Churrasquinho Aftosa. Bem no meio do feriadão. Marcado pra ter início às 17 horas, rolou um atraso da banda WHISKY 74 devido a um problema com seu veículo. Enquanto não rolava o show, Tomaz, grande cartunista e escritor, chega recheando a exposição de fanzines com cartazes de toda a história do ZINE OFICIAL(http://www.zineoficial.com.br/).

E olha só, em dias de rock na rua, até passarinho quer dar canja! Formada por Ricardo Moreira(vocal e guitarra), Passarinho(baixo) e Thiago Dias(bateria), a banda NA VERA deu início ao festival aproveitando a brecha, com um rock consistente, letras e melodias ricas, o trio foi a surpresa do evento. Destaque para o bom vocal de Ricardo Moreira e sua destreza na guitarra. Chegando em seguida, o WHISKY 74 compensa seu atraso com um show inteirinho só de músicas próprias. Influenciados pelo rock nacional e pelo hard rock, o WHISKY 74 mostrou que uma banda bem ensaiada faz diferença. Guitarras, baixo e bateria se uniam perfeitamente com a voz que falava de protestos e histórias da vida. Rock pra ouvir e entender. Enquanto a próxima banda se prepara pra tocar, Ricardo(Na Vera) fazia sorteios de gravação e ensaio no estudio Clave, 209 norte, animando os artistas independentes. Fellipe C.D.C transbordando experiência underground, panfletava o FINA FLOR com sua impagável presença. Força, contestação, criatividade e microfonias bem sucedidas,marcaram um dos grandes shows do dia. A banda WOLFGANG manteve tudo isso com atitude e diversão. As participações de Davi Kaus(Vitrine) e Enio(River Phoenix) foram bombásticas. Com influências de Stooges e Queens of the Stone Age, o trio taguatinguense fez o público beber rock como se fosse cerveja. Deram o que todos queriam:"Rock ‘n’Roll e destruição". Maravilha!!! Uma clássica banda do rock candango fez no Aftosa um show memorável! Liderada por Ricardo, o KÁBULA pulverizou qualquer resto de timidês existente na platéia. O seu fervilhante hard rock cantado em alto e bom som fazia com que todos participassem do espetáculo. A galera cantou em coro todas as músicas. "PAPILLON" e "CACHORRO DO PRESIDENTE" foram as mais pedidas. "Isso aqui é um verdadeiro oasis do rock", disse o vocalista Ricardo. E foi nisso mesmo que o KÁBULA transformou o Aftosa. "Beber é bom", repetia um grupo de espectadores bem ali na frente do palco, parecendo adivinhar a primeira música do set da DÍNAMO Z. E não deu outra, "Estéreoterapia" abriu o show com participações inusitadas e ilustres. O desbravado indie rock da DÍNAMO manteve o público bebendo e cantando todos os refrões euforicamente. Destaque para a nova música "Rock no Aftosa". Roqueiro que é roqueiro só vai embora depois da última banda. E quem ficou não se arrependeu de ver a banda BARBARELLA com seu dançante e vanguardista indie rock. A incrível empolgação de Robson(vocal e guita) deixou a clientela atenta ao show. Nem parecia fim de noite. Quem pediu a saideira ouvindo BARBARELLA foi pra casa saciado de bom rock e com a sensação de que nada faltou, a não ser mais músicas pra banda tocar. Com o fim das apresentações ficaram as reflexões: o público, os amigos, os curiosos e os artistas da cidade ali no Aftosa... cantando, dançando, bebendo e se divertindo ao som de que mesmo? De bandas autorais da nossa cidade. Não é difícil proporcionar esta cena, só precisa ter atitude!!! Segue sempre assim o MÓDULO B.

BRUNO BRASMITH

brunobrasmith@hotmail.com